A apresentação crónica da DTS é caracterizada por uma neurodegeneração progressiva lenta associada com baixos níveis de actividade residual da enzima Hex A.
A idade de início varia desde a primeira infância até o final da primeira década. Os fenótipos descritos variam conforme o local, a intensidade e a extensão do sistema nervoso central; entretanto, em todos os casos, há evidência de envolvimento amplo desse sistema, resultando em sobreposição entre os diferentes fenótipos.
Os primeiros sintomas podem variar desde fraqueza muscular até manifestações cerebelares alteradas, regressão psicomotora pode ser menos proeminente. Em alguns pacientes os sinais extrapiramidais de distonia, coreoatetose, e ataxia podem ser evidentes. Noutros os sinais cerebrais de disartria, ataxia, descoordenação motora e anormalidades posturais desenvolvem-se entre dois e dez anos de idade, entretanto, fala e pensamento tendem a ser desenvolvidos tardiamente no curso da doença. Nessa apresentação clínica podem surgir possíveis diagnósticos diferenciais: degeneração espinocerebelar, ataxia de Friedriech, ou esclerose lateral amiotrófica (ALS).
Pacientes com a forma adulta da doença tendem a mostrar fraqueza muscular, fasciculações, e disartria indistinguíveis da forma progressiva da atrofia espino-muscular de início na adolescência (Doença de Kugelberg-Welander) ou início precoce da ALS.
Aproximadamente 40% dos pacientes têm manifestações psiquiátricas (sem demência) incluindo depressão psicótica recorrente, sintomas bipolares e esquizofrenia aguda com desorganização do pensamento, agitação, alucinações e paranóia.
Este curso lento das formas de início tardio da DTS é devido à presença de alguma actividade hidrolítica residual da enzima Hex A sobre o gangliosídeo GM2.